Com a execução do seu “Dobrado de São João” por quarenta crianças e adolescentes da Filarmônica Nossa Senhora da Imaculada Conceição, o compositor macaubense Zé Preto (1897-1976) foi homenageado na abertura da Conferência Territorial da Bacia do Paramirim, no Centro Cultural de Macaúbas.
Preto foi professor do maestro que dá nome ao auditório, José Benedito do Amaral (1921-2000), e é o tio-avô do regente da banda, Alan José Alcântara de Figueiredo. “Nós tocamos essencialmente um repertório macaubense: músicas de Zé Preto, de Zé Benedito e de compositores da própria filarmônica, Gilmar da Mata e Tiago Aliston”, conta o regente.
“Essa filarmônica é uma pérola da cultura de Macaúbas, inclusive mandou um jovem para a orquestra juvenil da Bahia, e tocou recentemente em Berlim; emocionou todo mundo lá, e nós assistimos daqui, pelo Fantástico”, destacou o vice-prefeito do município, José João Pereira, o Zezinho.
Ele falava de Adauri Francisco Gomes Portela de Oliveira, que está se formando em clarineta pela UFBA, e integra o Neojibá. Também há ex-alunos da Nossa Senhora fazendo música profissionalmente em outras capitais brasileiras e em Nova York.
“Foi uma surpresa ver essas crianças da filarmônica. É a tradição, o passado e o presente se encontrando”, notou Adalberto Santos, superintendente de desenvolvimento territorial da Secult-BA.
Depois da filarmônica, as cantoras da Família Moreno tocaram clássicos da MPB, e outros artistas da terra, como Valdi do Acordeon, de Botuporã, utilizaram o palco do Centro de Cultura para mostrar o que é que o território tem.
Na abertura da conferência, estiveram presentes dirigentes de cultura de Botuporã, Érico Cardoso, Macaúbas e Paramirim.
Entre as principais demandas do território, está a formação de gestores e atores culturais. Nenhum dos nove municípios tem conselho ou fundo municipal de cultura. Apenas Macaúbas aderiu ao Sistema Nacional de Cultura.
Fonte: http://culturabahia.com/
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